Mais de 300 pessoas estiveram presentes no lançamento do livro “Unimed Catanduva
50 anos: histórias da construção do cooperativismo médico”, que narra a trajetória da
operadora contada por médicos que passaram e deixaram a sua contribuição ao longo
de todos esses anos. O evento, idealizado pelo Corpo Diretivo da Unimed Catanduva,
fez parte da 1ª Feijoada Cultural realizada no último sábado (20). A ação marcou a
retomada dos eventos corporativos da instituição e encerrou as comemorações do seu
Jubileu de Ouro, celebrado em maio de 2021.
Presidente da cooperativa, o médico José Renato Pizarro ressaltou a importância da
obra. “O livro eterniza uma história de sucesso. Estamos, neste momento, escrevendo
mais um capítulo. A Unimed Catanduva tem evoluído, e muito, em grande parte por
todos os presidentes que por aqui passaram. Acredito que a atual diretoria passou
pela pior fase da história da cooperativa, com o enfrentamento da pandemia. Foi um
período bastante difícil de administrar, mas vencemos, e vamos conseguir entregar
diversas obras, como a nova UTI, o Hospital Dia e o Centro Cirúrgico, com
equipamentos de última geração, o que há de melhor na atualidade”, disse ele, que
acrescenta: “precisamos dar continuidade a essa história e essa responsabilidade
cabe a cada um de nós, cooperados. Vamos nos dar as mãos, nos unir e manter
nossa cooperativa viva e saudável. Temos netos de cooperados já atuando na área
médica. Eles são o futuro da Unimed Catanduva”, enfatizou.
O conteúdo, iniciado há uma década aproximadamente, traz os depoimentos de
médicos cooperados, em especial os pioneiros fundadores, muitos dos quais já não
estão mais entre nós, e convidados que ajudaram a construir a história da cooperativa.
De acordo com o autor do livro, o mestre em Comunicação Paulo Toledo, a obra
contém relatos sensacionais contados por pessoas sensacionais, inclusive pioneiros,
que foram generosos ao compartilhar suas memórias. “São cooperados que, ao longo
desses 50 anos, foram partícipes na construção da cooperativa. Alguns já não estão
entre nós. É muito importante que todos, em especial os cooperados mais jovens,
tomem conhecimento dessas histórias. É um material precioso que, inclusive, pode
nos contextualizar e conhecer muitos ‘porquês’ das coisas que acontecem
atualmente.”
“Estamos contando uma história de homens e mulheres que, há 51 anos, decidiram
fundar a Unimed Catanduva que vocês conhecem hoje – a 16ª cooperativa de trabalho
médico no Brasil. Foram 45 pioneiros que tomaram uma atitude e transformaram um
sonho em realidade. Hoje, nossa empresa atua com mais de 330 médicos e emprega,
direta e indiretamente, cerca de duas mil pessoas em Catanduva e região. Sou grato e
estou muito feliz em ter participação neste processo”, disse o diretor de
Desenvolvimento, anestesiologista Matheus Schuerewegen, coordenador de conteúdo
do livro.
O cirurgião e gastroenterologista Sidney Moreno Gil, cooperado e um dos pioneiros na
criação da cooperativa, relembrou o período da fundação. “Tivemos visão de futuro e
muita coragem. Deixo aqui o meu respeito a todos que participaram deste processo,
inclusive aos familiares daqueles que já não estão mais conosco. Este é o momento
de olhar para frente. Vocês [novos cooperados] são o futuro da nossa cooperativa”,
reforçou. Esposa do otorrinolaringologista Wilson Ribeiro de Carvalho, falecido no
último dia 16 de agosto, Elza Mello Mallet Ribeiro Carvalho fez questão de representá-lo durante o lançamento. “Ele queria muito ter visto o livro e ver sua história contada”.
Carvalho dedicou 46 anos da sua vida à Unimed Catanduva.
A pediatra Heloisa Regina Marassi Giacomello, também depoente no livro, discursou
durante a cerimônia de lançamento do livro. “A obra eterniza o trabalho de todos que,
de alguma forma, participaram do processo de construção e desenvolvimento da
cooperativa. São pessoas que fizeram a história da Unimed, com extrema
competência e dedicação. Sinto-me grata em fazer parte deste momento”, ressaltou a
médica.
A OBRA
Toledo entende que a obra é uma Memória Empresarial e, portanto, não se trata
somente de um enfeite nostálgico, um registro do passado, mas serve como
ferramenta estratégica de gestão dos negócios. Neste caso, usando-se o conceito de
história oral. Para ele, o conteúdo desta publicação precisa estar acessível às
gerações presentes e às que ainda virão, pois a salvaguarda da memória corporativa
da cooperativa não contribui apenas com a cultura do país e do Sistema Unimed, mas
ajuda a própria empresa a entender melhor sua trajetória, o que é muito necessário na
Unimed Catanduva que recebe anualmente novos cooperados, que precisam
conhecer toda a construção da empresa.
Ele destaca que a história compartilhada de um grupo, seja uma família, uma
empresa, um bairro ou uma nação inteira, é o que lhe permite desenvolver laços de
identidade e pertencimento. E que, sem o cultivo da memória, não há projeção de
futuro, pois é impossível arquitetar novos horizontes sem antes conhecer de onde se
parte. “A memória é um aspecto fundamental da nossa experiência no mundo, e
contribui em grande medida para nos tornar verdadeiramente humanos”, disse.
Do ponto de vista empresarial, lembrou, a preservação da memória também está
intimamente ligada aos compromissos de ESG (ambiental, social e governança, na
sigla em inglês), cada vez mais requeridos pela sociedade.