O Comitê Gestor de Prevenção às Queimadas de São José do Rio Preto fez nesta terça-feira (22/8) uma reunião de balanço das ações preventivas para o período de estiagem, planejadas desde o início do ano e que resultaram na aplicação do manejo integrado do fogo, técnica em que as chamas são usadas de maneira controlada para prevenir incêndios.
A medida foi aplicada entre os dias 26 e 30 de junho, a fim de formar uma zona de proteção ao redor da Floresta Estadual do Noroeste Paulista (FENP) e da Estação Ecológica do Noroeste Paulista (EENP), na área do antigo Instituto Penal Agrícola (IPA). O manejo integrado do fogo consiste em queimar vegetação sem valor ambiental, de maneira controlada e em áreas delimitadas, a fim de formar corredores de proteção contra incêndios de grandes proporções. Esses corredores são chamados de aceiros negros.
“Fizemos uma avaliação desses trabalhos e, até agora, o saldo é muito positivo. Já faz mais de um mês que fizemos os aceiros e não tivemos registro de queimadas naquela área”, diz o diretor da Defesa Civil, coronel Carlos Lamin, que coordena o comitê. A aplicação do manejo integrado do fogo naquela região já mostrou resultados anteriormente: após a implementação dos aceiros negros, em 2022, não houve registro de incêndios florestais na área.
Durante o encontro, foram apresentados ainda indicadores de produtividade por outros participantes. O Comitê Gestor de Prevenção às Queimadas foi constituído por decreto municipal em 2020 e envolve uma série de agentes, entre eles secretarias municipais — como Agricultura e Abastecimento e Meio Ambiente e Urbanismo —, Defesa Civil, Semae, Guarda Civil Municipal, Corpo de Bombeiros, Polícia Ambiental, Unesp, Cetesb, Fundação Florestal, Instituto de Pesca e Instituto de Zootecnia. Participaram do encontro, ainda, representantes da prefeitura de Mirassol e da empresa COFCO.