Os termômetros podem registrar recorde na capital paulista com a média histórica de 37,1ºC, no sábado (30), de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Defesa Civil do Estado. A última máxima histórica registrada foi em 17 de outubro de 2014, quando os termômetros marcaram 37,8ºC, sendo recorde absoluto.
Outras cidades do estado também podem bater recorde de temperatura máxima, como é o caso de Araçatuba, que pode chegar aos 41ºC. Em Catanduva, os termômetros podem registrar 39ºC.
Esta onda de calor irá se estabelecer sobre o Estado de São Paulo, tornando os dias com calor intenso em todas as regiões. Isso decorre da atuação de uma forte massa de ar quente e seca que incide sobre o Estado, juntamente com um sistema de alta pressão que deve se estabelecer sobre a região, caracterizando um bloqueio atmosférico, que mantém o tempo quente e seco até o final da estação do inverno, que se encerra neste sábado (23).
Diante deste cenário, a Defesa Civil recomenda que todos bebam bastante água e se protejam do sol.
“Evitem exercícios físicos ao ar livre nos horários mais críticos do dia e usem soro nos olhos e nariz”.
El Niño
O El Niño é um fenômeno que se caracteriza pelo aumento da temperatura nas águas do Oceano Pacífico Equatorial. Na região sudeste do país, ele contribui para o aumento das temperaturas médias, ou seja, favorece a ainda mais a frequência de dias mais quentes.
Como ocorre o El Niño?
O El Niño ocorre especialmente por meio do aquecimento das águas do oceano Pacífico ao longo da costa oeste da América do Sul, geralmente ao longo do mês de dezembro, em uma frequência anual inespecífica.
Os estudos mais recentes apontam que uma mudança brusca nos ventos alísios que cortam a região, especialmente o enfraquecimento desses ventos, tem gerado um avanço das correntes marítimas de água quente nas regiões geográficas do centro-sul do oceano Pacífico, culminando assim no aumento das temperaturas locais das águas oceânicas. Essa mudança resulta justamente no aquecimento das águas desse oceano e, por consequência, em mudanças consideráveis nas condições das massas de ar, correntes marítimas e pressões atmosféricas, que por sua vez provocam diversas anomalias climáticas em diferentes regiões do globo, especialmente na sua porção tropical, modificando assim os regimes de temperaturas e precipitações globais.