Outubro é um mês importante para a saúde da mulher, uma vez que ganha a cor rosa para reforçar a importância da prevenção ao câncer de mama. O Outubro Rosa teve início na década de 1990, quando o símbolo da prevenção ao câncer de mama — o laço rosa — foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). Aqui no Brasil, a primeira ação aconteceu em 2002, no parque Ibirapuera, em São Paulo, e desde 2008 várias iniciativas têm chamado a atenção para esse assunto tão importante.
De acordo com dados do INCA – Instituto Nacional do Câncer, em 2022 estima-se que serão diagnosticados 66.280 novos casos. “Estamos falando de uma doença que tem cura e que, se diagnosticada precocemente, 95% dos casos são curáveis. Ou seja, precisamos unir forças para disseminar a importância dos exames preventivos, para que cada vez mais mulheres entendam, procurem seus médicos e estejam em dia com esses exames”, destaca o médico oncologista Dr. Ugo Vicente, do Centro de Oncologia Catanduva.
O câncer de mama é o tipo mais comum no Brasil, depois do câncer de pele, e também é o que causa mais mortes por câncer em mulheres. A principal forma de rastreamento é através da mamografia. “Vale aqui ressaltar que o autoexame não anula a necessidade de realização da mamografia. Se você tem mais de 50 anos, é importante realizar a mamografia e exames complementares se houver indicação – como ultrassom de mamas, por exemplo. Em caso de histórico familiar, a indicação é realizar a mamografia a partir dos 35 anos. A realização de mamografia para rastreamento da doença é uma forma de diminuir a mortalidade pela doença”, explica o especialista.
O tratamento é realizado através de radioterapia, quimioterapia e cirurgia, dependendo do tipo de câncer. “Hoje, os tratamentos são bastante eficazes, garantindo que a mulher seja curada e retome suas atividades normalmente. Portanto, mulheres, procurem seus médicos e façam seus exames anualmente”, ressalta.
Quanto à prevenção, segundo informações do INCA, 28% dos casos podem ser evitados por meio de hábitos de vida saudáveis. “Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama, assim como amamentar”, completa o oncologista.