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sexta-feira, novembro 21, 2025
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Por que o bruxismo tende a se intensificar no fim do ano? Como tratar?

Com o fim do ano se aproximando, cresce o número de pessoas que voltam ao consultório do dentista com queixas de dor na mandíbula, tensão nos músculos da face e desgaste nos dentes — sintomas clássicos do bruxismo. O hábito involuntário de apertar ou ranger os dentes está fortemente relacionado ao estresse e à ansiedade, e tende a se intensificar nos últimos meses do ano, quando as demandas profissionais e pessoais se acumulam, os prazos apertam e o corpo sente o peso da rotina corrida. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% dos brasileiros sofrem de bruxismo, seja durante o sono ou em vigília, índice considerado um dos mais altos do mundo. Além do estresse, fatores como sono irregular, maior consumo de álcool e cafeína e mudanças na rotina contribuem para o aumento dos casos neste período. 

Segundo a cirurgiã-dentista da Oral Sin, Fernanda Marur, o fim do ano é uma época de atenção redobrada. “Com o aumento do estresse e das exigências nessa fase, observamos um crescimento significativo dos pacientes que relatam apertamento ou ranger dos dentes. O bruxismo pode parecer inofensivo no início, mas quando não tratado, pode levar a fraturas dentárias, retrações gengivais e dores crônicas na face e cabeça”, explica. 

Os sinais mais comuns são dores na mandíbula, têmporas ou cabeça, músculos faciais tensos, desgaste visível nos dentes e sensação de cansaço ao acordar. Em muitos casos, é o parceiro de sono quem percebe o ranger noturno. Além do desconforto físico, o bruxismo pode fragmentar o sono, aumentar a fadiga, alterar o humor e afetar o bem-estar geral. 

O diagnóstico é clínico e deve ser feito por um dentista, que avaliará os sintomas e o grau de comprometimento dos dentes e músculos. O tratamento geralmente envolve o uso de placas miorrelaxantes, técnicas de controle do estresse, fisioterapia e, em casos mais severos, aplicação de toxina botulínica para relaxamento da musculatura. 

“É importante lembrar que pequenas mudanças na rotina podem fazer muita diferença. Dormir bem, evitar o consumo de cafeína e álcool à noite e praticar atividades relaxantes ajudam a reduzir o risco”, orienta a especialista. A seguir, 5 dicas práticas da Dra. Fernanda Oliani para evitar o agravamento do bruxismo no fim do ano:

  1. Durma bem e preserve sua rotina de sono.
    O descanso é essencial para o equilíbrio do corpo e da mente. Dormir pouco ou mal intensifica a tensão muscular e aumenta a chance de ranger os dentes durante a noite. Tente manter horários regulares para dormir e acordar, reduza o uso de telas antes de deitar e crie um ambiente propício ao sono, com pouca luz e temperatura agradável.
     
  2. Reduza o consumo de cafeína e álcool, principalmente à noite.
    O café, os refrigerantes, os energéticos e as bebidas alcoólicas são estimulantes que dificultam o relaxamento e afetam a qualidade do sono. Além disso, o álcool pode aumentar os episódios de bruxismo noturno. Prefira bebidas calmantes, como chás naturais, e evite ingerir estimulantes nas horas que antecedem o descanso.
     
  3. Inclua atividades relaxantes na sua rotina.
    O corpo responde diretamente ao estado emocional. Práticas simples, como alongamentos, meditação, respiração profunda, leitura ou até uma caminhada leve, ajudam a liberar a tensão acumulada ao longo do dia. Dedicar alguns minutos a essas atividades antes de dormir pode diminuir significativamente a intensidade do apertamento noturno.
     
  4. Evite mascar chicletes e alimentos muito duros.
    O ato de mastigar de forma constante sobrecarrega os músculos da mandíbula, o que pode agravar a dor e o cansaço facial. Além dos chicletes, é bom ter cuidado com alimentos que exigem muita força para mastigar, como torresmos, balas duras e castanhas cruas. Dar descanso à musculatura é essencial para quem sofre com o problema.
     
  5. Procure ajuda profissional ao perceber sinais persistentes.
    Desgaste nos dentes, dor ao acordar, estalos na articulação da mandíbula ou dor de cabeça frequente são sinais de alerta. O acompanhamento com um dentista é fundamental para identificar o grau do problema e indicar o tratamento mais adequado, que pode incluir placas miorrelaxantes ou outras terapias. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor a resposta do organismo.
Mariana Lachi
Mariana Lachi
Mariana Lachi - Jornalista com formação em Comunicação Social e Pedagoga. Experiência em um pouquinho de tudo: TV, rádio, revista, assessoria de imprensa e jornal impresso. Atua há mais de 20 anos com mídia.
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