A primeira academia adaptada ao ar livre de São José do Rio Preto já está em funcionamento. São seis equipamentos instalados na Praça Dona Rosa, no bairro São Deocleciano, destinados a cadeirantes e pessoas com outras deficiências.
A Secretaria da Mulher, Pessoa com Deficiência e Igualdade Racial de Rio Preto recebeu o kit do governo do Estado de São Paulo, via Secretaria de Direitos da Pessoa com Deficiência. São aparelhos que trabalham membros superiores, musculatura peitoral, costas e abdômen. Após o recebimento do kit, a contrapartida municipal foi a construção da base de concreto para fixação dos equipamentos. O serviço foi feito pela Secretaria de Serviços Gerais.
“Além de trazer bem-estar, por causa do exercício, a academia adaptada ao ar livre configura-se como um espaço de convivência, de inclusão. Nossa busca é incessante, pois a atividade física é essencial para reabilitação”, diz a secretária da Mulher, PcD e Igualdade Racial de Rio Preto, Maria Cristina de Godoi Augusto.
Os equipamentos são próprios para pessoas com algum tipo de deficiência de locomoção, sendo que todos possuem rampa de acesso para cadeira de rodas. Na entrada do espaço, há um painel explicativo sobre o modo de usar cada equipamento. O uso é prioritário para deficientes.
“São atividade que eles poderão fazer sozinhos, seguindo as instruções sobre o funcionamento das máquinas. Os aparelhos estão bem fixados, com as alças bem presas, portanto, são bem seguros. Além dos benefícios físicos, pois as pessoas com deficiência precisam fazer exercícios, podem tomar o sol da manhã ou do fim da tarde, respirar ar livre e socializar com outros praticantes. É um lugar agradável, com árvores e pássaros”, diz a educadora física Olívia Maria Justo, da Secretaria da Mulher, PcD e Igualdade Racial.
Convívio
A tradutora Joana Batista da Silva, 49 anos, aprovou os aparelhos, junto a outros cinco usuários. “Somos uma ferramenta que, se não for trabalhada, vai enferrujar. E esse convívio com amigos é muito bom. Cada vez que encontramos um, tem coisas novas para contar, experiências para trocar. A interação faz bem para todo mundo”, afirma a ex-atleta, que teve poliomielite aos dois anos e é cadeirante.
O resultado de uma atividade física regular já pode ser notado por Paulo César Rodrigues, 58 anos, que tem sequelas de um AVC e faz acompanhamento na academia adaptada montada na sede da secretaria. “Faz três meses que estou no programa e já sinto melhoras no meu corpo. Minhas pernas estão mais leves. O exercício é essencial para a reabilitação”, conta.