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Verde Agritech propõe não vender fertilizantes para a Amazônia em movimento de combate ao desmatamento 

A Verde Agritech, empresa com maior capacidade de produzir potássio do Brasil e primeira no mundo a aditivar microrganismos no fertilizante, vai propor aos acionistas que a companhia não venda fertilizantes para 218 municípios da Amazônia. A decisão do Conselho de Administração, em linha com as premissas de operação sustentável da companhia, visa estimular o combate ao desmatamento em um dos territórios mais ricos em biodiversidade no mundo. A votação será em junho. 

“Do ponto de vista de faturamento não terá impacto no nosso negócio, mas reforça o compromisso da agricultura brasileira com um modelo de produção que já é o mais sustentável do mundo”, destaca Cristiano Veloso, fundador e CEO da Verde Agritech. “O agricultor brasileiro é altamente tecnológico, com produtividade recorde nos últimos anos, comprovando esse compromisso de cada agricultor em produzir de forma mais eficiente e sustentável”, revela. 

O executivo adianta que a empresa venderá produtos para a região apenas se for algum projeto de reflorestamento de mata nativa. 

“Os agricultores do Brasil estão comprometidos com o meio ambiente, porque entendem a importância dos recursos naturais para produzir alimentos. São heróis brasileiros que merecem todo apoio e reconhecimento”. 

Ao todo, a iniciativa irá proteger um território total de 2.23 milhões de km². Segundo estatísticas da plataforma IBGE Países, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área é maior, em extensão, do que Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália somados, nações que fazem parte do top 10 de maiores economias do mundo.  

“Somos uma empresa que usa tecnologia para produzir uma nova geração de fertilizantes, de forma sustentável e que tem o meio ambiente como aliado da produção de alimentos, valorizando os microrganismos do solo que ajudam, inclusive, a reduzir o uso de agroquímicos”, reforça.  

Neste ano, a Verde Agritech também lançou uma promoção para reduzir os custos do agricultor, a depender da localização da lavoura. Com a Garantia Estendida, a empresa assumiu o compromisso de entregar o produto ao menor preço, independentemente da oscilação do fertilizante potássico no mercado internacional.   

“A Garantia Estendida funciona como uma apólice de seguro que o agricultor pode contratar ao adquirir os produtos do nosso portfólio. Assim, se os preços de mercado dos fertilizantes caírem, por exemplo, o valor do contrato é recalculado e o agricultor paga mais barato. Mas se o valor de mercado subir durante o mesmo período o valor de contrato acordado é mantido e o cliente não paga nada a mais por isso”, esclarece o CEO da Verde Agritech. 

A empresa, que é a maior fabricante do mundo de fertilizantes aprovados para agricultura orgânica, já investiu mais de meio bilhão de reais para pesquisar e produzir o K Forte®, BAKS® – incluindo a versão BAKS Grãos, e Silício Forte, uma nova geração de fertilizantes multinutrientes potássicos, superior ao cloreto de potássio importado. A linha de produtos da empresa tem liberação gradual, não se perde por lixiviação, não compacta e não saliniza o solo, além de preservar a microbiota da terra. 

Desde o ano passado, a companhia tem capacidade para produzir três milhões de toneladas de fertilizantes e anunciou investimentos de R$ 275 milhões para construção de uma terceira unidade produtiva, que fará com que a empresa atinja até 16,4% da demanda nacional por potássio. O projeto contempla outras fases de investimento, podendo chegar a 60% de todo potássio que o Brasil necessita.  

“Toda a nossa estratégica de crescimento, que passa por estes investimentos, reafirma nosso compromisso de ser uma alternativa eficaz, rentável e sustentável ao agronegócio brasileiro, devolvendo ao agricultor, herói brasileiro, o controle sobre a lavoura”, comenta Veloso. 

As plantas industriais da companhia estão em São Gotardo e Matutina, interior de Minas Gerais, em uma operação que é ambientalmente sustentável, sem a necessidade de barragem ou rejeito. O processo não utiliza produtos químicos graças à tecnologia Cambridge Tech, desenvolvida em parceria com a Universidade de Cambridge, no Reino Unido.  

No fim do ano passado, a empresa solicitou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorização para construir um ramal ferroviário interligando as plantas da companhia ao Triângulo Mineiro. A companhia aguarda liberação. A linha férrea vai se conectar a sete estados e ao Distrito Federal, por meio de uma rede que tem parte administrada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA). O projeto permitirá o transporte de até 55% da demanda do agronegócio por fertilizante potássico, podendo atingir até 50 milhões de toneladas por ano. 

Bio Revolution 

Em abril de 2022, a Verde Agritech se tornou a primeira empresa do mundo a aditivar microrganismos aos fertilizantes minerais, por meio da tecnologia Bio Revolution, desenvolvida em parceria com as Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), do Mato Grosso (UFMT) e de São Carlos (UFSCAR). O primeiro microrganismo aditivado ao fertilizante K Forte®, com autorização do Ministério da Agricultura, foi o Bacillus aryabhattai, reconhecido na agricultura por seus benefícios na produção de alimentos. 

As pesquisas para o desenvolvimento da tecnologia Bio Revolution, já patenteada, se iniciaram em 2015. Experimentos em laboratório, realizados entre 2020 e 2021, mostraram que a população do microrganismo se manteve constante ao longo de seis meses após a aditivação no fertilizante. Novas pesquisas, já em andamento, podem levar a novos registros para outros três microrganismos. 

Produtos 

A Verde Agritech produz atualmente três linhas de produtos: K Forte®, BAKS®, com versão específica para grãos, e Silício Forte. O potássio da Verde Agritech, chamado de K Forte®, é superior ao importado porque não contém cloro e não se perde por lixiviação. Ele permite liberação gradual de nutrientes, não compacta e nem saliniza o solo, além de preservar a microbiota da terra. O fertilizante é aplicável a todas as culturas agrícolas, e além disso, é aprovado para a agricultura orgânica. 

O BAKS® pode fornecer potássio, enxofre, boro, silício e manganês, e pode ainda receber a adição de outras matérias primas. A composição dos nutrientes pode ser feita de forma personalizada de acordo com as necessidades da lavoura. O BAKS® conta com a tecnologia exclusiva MicroS, que proporciona a micronização do enxofre elementar, garantindo a maior performance do nutriente e uniformidade na aplicação. No começo de 2023, a companhia lançou a versão BAKS Grãos, direcionada à produção de milho e soja no Brasil. 

Já o Silício Forte conta com 25% de silício, com granulometria ultrafina. Também através de tecnologias exclusivas ele permite a aplicação mais uniforme garantindo a disponibilidade do nutriente para todas as plantas. 

Mais informações: 

verde.ag 

Marcia Bernardes
Marcia Bernardeshttps://ftnews.com.br
Jornalista, 20 anos de experiência, tendo passado por diversas redações de mídia impressa em Catanduva e São José do Rio Preto. Atuou nos principais veículos do Noroeste Paulista, incluindo o jornal Diário da Região. Jornalista de formação, designer por amor.
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