O final do ano é tradicionalmente um período de reflexão, encontros e renovação de esperanças. Mas, para que o espírito festivo ganhe sentido real, muitos brasileiros têm buscado transformar essa época em um momento de solidariedade. Ações voluntárias crescem nesse período e geram impactos profundos: promovem integração social, fortalecem comunidades e trazem benefícios emocionais tanto para quem doa quanto para quem recebe. O professor de Psicologia do UniToledo Wyden, Fabrício Otoboni, explica como esses gestos têm potencial para transformar o bem-estar individual e coletivo.
“O ato de se dedicar ao próximo transcende a simples ajuda material. É um exercício poderoso de empatia, conexão e autoconhecimento. Envolver-se em ações voluntárias amplia o senso de propósito e pertencimento, o que é fundamental para a saúde mental — especialmente em uma época que pode despertar sentimentos de solidão, ansiedade ou pressões emocionais”, destaca Otoboni.
Segundo o especialista, não é necessário participar de grandes projetos para gerar impacto real. Gestos simples já transformam vidas e fortalecem a saúde emocional. “Adotar cartinhas no Papai Noel dos Correios, doar alimentos, brinquedos e roupas, visitar lares de idosos, apoiar entidades carentes ou participar de mutirões comunitários são atitudes que criam conexões profundas e genuínas. Quem se envolve sente níveis maiores de gratidão, redução do estresse e melhora no humor”, explica.
O professor ressalta que o voluntariado cria um efeito cascata que beneficia toda a comunidade. “Quando as pessoas oferecem seu tempo ou seus recursos, fortalecem redes de apoio que permanecem vivas o ano inteiro. Esse movimento coletivo gera pertencimento e segurança emocional — algo essencial em tempos de tantas incertezas sociais”, completa.
Para Otoboni, a solidariedade é uma forma concreta de ressignificar o fim do ano, unindo celebrações e responsabilidade social. “Quando indivíduos se unem para compartilhar atenção, cuidado e recursos, resgatam a essência humana dessas datas. O Natal e o Ano Novo passam a representar não apenas festa, mas também conexão, acolhimento e esperança renovada”, conclui.
Sugestões práticas de solidariedade para este fim de ano
Para quem deseja começar com pequenos gestos, o professor Fabrício Otoboni destaca cinco ações simples e acessíveis que qualquer pessoa pode colocar em prática:
- Adotar uma cartinha do Papai Noel dos Correios, realizando o desejo de uma criança ou família em situação de vulnerabilidade.
- Doar alimentos ou itens de higiene para campanhas locais, instituições ou igrejas do bairro.
- Separar roupas, brinquedos e calçados em bom estado, destinando-os a entidades carentes ou projetos comunitários.
- Visitar lares de idosos, oferecendo algumas horas de conversa, escuta e companhia.
- Apoiar protetores independentes de animais, contribuindo com ração, medicamentos ou participação em feiras de adoção.




