Os vereadores que fazem parte da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que investiga o setor de Comunicação da Prefeitura de Catanduva receberam um pedido para que o prefeito Osvaldo de Oliveira Rosa seja imediatamente afastado do cargo. O pedido foi apresentado pelo produtor de eventos Paulo Henrique Goldoni, mais conhecido como DJ Paulinho
“A comunicação de Catanduva é uma quadrilha, por isso muita gente que atua nesse setor não consegue trabalhar. Quem não faz parte do grupo não é requisitado e só as mesmas pessoas ganham as licitações. São notas e shows superfaturados, além do desvio de dinheiro público”, afirmou o produtor.
Paulinho também apresentou áudios que seriam atribuídos ao novo secretário de Comunicação, Richard Casal, que teria negociado valores para evitar denúncias de assédio moral contra o ex-coordenador, Caio Augusto dos Santos. Além de Richard, o próprio prefeito teria proposto dinheiro aos denunciantes.
“A ideia era blindar o Caio de todas as formas e evitar mais desgaste”.
Ainda de acordo com a testemunha, equipamentos que pertenceriam ao setor de Comunicação da Prefeitura de Catanduva estariam sendo alugados para eventos privados e até mesmo vendidos. Com base nessas denúncias, os vereadores Mauricio Gouvea, Marquinhos Ferreira, Cesar Patrick e Nelson Tozo foram até o depósito onde esses equipamentos deveriam estar guardados, mas não conseguiram acesso.
“As denúncias que recebemos hoje são muito graves. São supostas irregularidades, como a venda de equipamentos públicos em um mercado paralelo. Tudo isso precisa ser averiguado e, se comprovado, é preciso punir os responsáveis”, garantiu Mauricio, presidente da CEI.
Baseado nas denúncias, um pedido para que o prefeito Osvaldo seja imediatamente afastado do cargo, assinado pelo produtor de eventos Paulo Henrique Goldoni, foi aprovado pela CEI. O documento será analisado pelos vereadores durante sessão ordinária realizada nesta terça-feira, dia 9. Caso seja aprovado, o prefeito de Catanduva será afastado.
Mais denúncias
Criada com o intuito de investigar supostas irregularidades na Coordenadoria de Comunicação, praticadas pelo ex-coordenador, Caio Augusto dos Santos, a CEI apura a existência de superfaturamento em contratações de eventos municipais, acusações que envolvem assédio moral e a utilização de material produzido pela equipe de Comunicação e, consequentemente pago com dinheiro público, nas redes pessoais do prefeito Osvaldo de Oliveira Rosa, o que caracteriza crime de improbidade. Além disso, supostas negociatas com um grande grupo de comunicação de Catanduva também foram denunciadas.