A Comissão Especial de Inquérito (CEI) criada pela Câmara Municipal de Catanduva com o objetivo de apurar a verdade sobre os supostos loteamentos da Associação Bom Pastor realizará uma nova sessão de oitivas.
Na próxima segunda-feira, dia 2 de outubro, a CEI ouvirá uma moradora, que foi uma das milhares de pessoas que adquiriram cotas da Associação Bom Pastor, acreditando que realizaria o sonho da casa própria.
Doze meses após quitar o pagamento da cota, ela resolveu procurar a entidade e solicitar a individualização de seu imóvel, bem como a liberação para construir. A Associação Bom Pastor não atendeu a nenhum desses pedidos.
Diante desse fato, a mulher pediu a rescisão do contrato e a devolução dos valores pagos, mas a Associação Bom Pastor também se recusou a fazê-lo, sob o argumento de que a ação proposta pelo Ministério Público teria bloqueado as contas da entidade, além de impedi-la de realizar novas vendas.
Foi então que, sentido-se ludibriada, a associada resolveu apelar à Justiça, que deu ganho de causa a ela, condenando a Associação Bom Pastor a devolver o dinheiro investido e ainda indenizar a mulher por danos morais.
O valor a ser pago pela entidade está na casa dos R$ 29 mil. O caso já transitou em julgado, portanto não cabe mais recurso para a Associação Bom Pastor.
O objetivo da convocação é esclarecer para os demais associados como foi feito esse procedimento, utilizado pela mulher para obter seu ressarcimento na Justiça.
A CEI da Associação Bom Pastor é presidida pelo vereador Mauricio Gouvea e conta com as participações de Marquinhos Ferreira (relator) e Gleison Begalli (membro). A sessão de oitivas será transmitida ao vivo pelo Facebook e YouTube da Câmara Municipal de Catanduva.
