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terça-feira, março 18, 2025
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Idosas têm mais chance de desenvolver incontinência urinária; veja causas e cuidados

O Dia Mundial da Incontinência Urinária foi celebrado na última sexta-feira (14). A data foi escolhida para promover a conscientização sobre a doença, a prevenção e o tratamento.

A incontinência urinária é um problema que atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde (MS). Porém, idosos apresentam ainda mais chance de ter algum grau de incontinência urinária, o que impacta na qualidade de vida e bem-estar físico e emocional do indíviduo.

De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária (IU) em idosos é mais prevalente em pessoas com mais de 60 anos. Porém, mulheres idosas apresentam risco elevado dos escapes de xixi quando comparado aos homens. Isso porque cerca de 23% das mulheres entre 60 e 79 anos manifestaram incontinência urinária, contra 5% de casos na mesma faixa etária em homens. O índice aumenta ainda mais em pessoas com mais de 80 anos: 32% em mulheres e 7% em homens.

Um dos principais problemas, além do desgaste dos músculos, é a obesidade. O excesso de peso pressiona a bexiga e os músculos da pelve, o que pode levar à incontinência urinária, especialmente a de esforço.

“A incontinência urinária é uma condição que pode ser tratada de forma eficaz, especialmente com o diagnóstico precoce. Para as mulheres idosas, o controle do peso, exercícios para o fortalecimento da pelve e, em alguns casos, tratamentos médicos adequados são fundamentais para melhorar a qualidade de vida e reduzir os sintomas. Mas é possível ainda apostar na redução da ingestão de líquidos, evitar consumo de cafeína, além de ter rotina e horários pré-determinados para ir ao banheiro”, orienta Mauricio Ventura, geriatra do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).

Alterações hormonais (principalmente em mulheres) também podem propiciar aumento de quadros de incontinência urinária. Isso ocorre em virtude da diminuição dos níveis de estrogênio após a menopausa que pode enfraquecer os músculos da pelve e uretra. Doenças como diabetes, AVC, Parkinson, doenças cardíacas e esclerose múltipla também podem afetar o controle da bexiga devido a danos nos nervos ou nos músculos envolvidos na micção.

Mariana Lachi
Mariana Lachi
Mariana Lachi - Jornalista com formação em Comunicação Social e Pedagoga. Experiência em um pouquinho de tudo: TV, rádio, revista, assessoria de imprensa e jornal impresso. Atua há mais de 20 anos com mídia.
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