Rio Preto foi premiada pelo segundo ano consecutivo pelas boas práticas adotadas para eliminação da transmissão vertical do HIV e da Sífilis, ou seja, aquela que é passada de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
Neste ano, o Prêmio Luzia Matida destacou a importância da redução da desigualdade social na eliminação da sífilis congênita, que afeta crianças em todo o mundo. Os municípios homenageados cumpriram os critérios e indicadores estabelecidos pelo Ministério da Saúde.
Os critérios incluem a taxa de transmissão menor que 2 para o HIV e taxa de incidência para HIV e sífilis menor que 0,5 para cada cem mil nascidos vivos. Para o HIV, os critérios também incluem no mínimo quatro consultas ou mais de pré-natal e a administração de antirretroviral nas primeiras 24 horas de vida do recém-nascido.
Para a sífilis congênita, os indicadores exigem pelo menos quatro consultas de pré-natal e tratamento adequado da gestante com sífilis. Angela Tayra, vice-diretora do CRT DST/Aids de São Paulo, destacou o “progresso significativo na eliminação a transmissão vertical do HIV e da sífilis no estado de São Paulo e o empenho das autoridades de saúde e profissionais em proteger a saúde das futuras gerações”.
A coordenadora de Vigilância em Saúde de Rio Preto, Andreia Negri, recebeu o prêmio – um troféu – na cidade de São Paulo, na semana passada, e destacou o trabalho realizado pela Secretaria Municipal de Saúde. “O trabalho conjunto realizado pela Vigilância e as unidades assistenciais é fundamental para adoção e manutenção das boas práticas”.
Prevenção, diagnóstico e tratamento
A estrutura da rede pública de Saúde de Rio Preto conta com o Complexo de Doenças Crônicas Transmissíveis, que trabalha com prevenção, diagnóstico e tratamento de ISTs e AIDS no município. No Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), a população pode realizar tanto o teste rápido, cujo resultado fica pronto em 15 minutos, quanto o convencional, que demora 15 dias. Caso o resultado seja positivo, a equipe de saúde encaminhará o paciente para o início do tratamento.
O tratamento para os pacientes com HIV/AIDS consiste na ingestão de medicamentos antirretrovirais que impedem a multiplicação do vírus no organismo e ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico.
Além do Complexo, as 29 unidades de saúde mantêm o Programa Fique Sabendo, que faz o pré-aconselhamento, a coleta do exame e o pós-aconselhamento. Os insumos de prevenção, como os preservativos (camisinhas), também estão disponíveis nas unidades de saúde. Qualquer pessoa pode retirá-los sem necessidade de identificação.