Na última quinta-feira, 7 de agosto, uma Unidade de Suporte Avançado (USA) do SAMU saiu de Rio Preto rumo a São Paulo, transportando Felipe, de dois anos, a irmã, Esther, de um ano, e os pais, Beatriz Alexandre Loiola Domingues e Felipe Domingues da Silva.
Felipe tem uma síndrome genética rara, chamada RAG1, que compromete o sistema imunológico. Em São Paulo, ele será internado para a realização de exames e preparação para o transplante de medula, com doação da irmã, que é 100% compatível com ele.
Essa é a segunda vez que o SAMU realiza o transporte da família. No dia 10 de julho, a equipe do serviço também os levou para consultas pré-operatórias no Hospital das Clínicas de São Paulo. Assim como no mês passado, Felipe é acompanhado pelo médico Luiz Sérgio Cortez e pela enfermeira Maria Fernanda. Os condutores Pedro Emídio e Flávio César completam o time.
Após meses de preparação, a notícia da internação deixou a família com esperança.
“Nós estamos muito felizes. É a chance de melhora do Felipe, que era algo que a gente estava buscando, numa luta há mais de dois anos sem um diagnóstico e com muitas intercorrências. Agora a gente tem uma luz no fim do túnel”, conta a mãe de Felipe.
Beatriz explica que sabia que a criança tinha imunodeficiência, mas a descoberta do diagnóstico ocorreu há dois meses, por meio de um exame. “Foi um tiro certo, porque através do nome, temos o tratamento correto. Descobrimos, e foi muito rápido até a gente saber que ele precisaria do transplante. Testamos a compatibilidade, e, em menos de um mês passamos com a TMO (setor de transplante) em São Paulo e já estamos encaminhando para o transplante de medula”.
Transporte com total segurança
Para garantir que Felipe chegue com segurança até a unidade especializada, a equipe do SAMU de Rio Preto realiza o transporte em uma UTI móvel, equipada com todos os recursos necessários. A ação foi conduzida com o cuidado e o profissionalismo de sempre, acompanhando o menino durante todo o trajeto até o Hospital Itaci, na capital paulista.
“Eles têm todo o recurso necessário. Eles levaram a gente em segurança, no horário, prestaram todo o tipo de assistência possível. Ficaram com a gente o tempo todo durante a consulta. Ele necessita de oxigênio, eles nos levaram os torpedos, cuidando dele com muita atenção. Só tenho a agradecer ao pessoal do SAMU”, disse a mãe.
“O Felipe é portador de uma síndrome genética rara, o que exige cuidados muito específicos. Por isso, realizamos o transporte com a Unidade de Suporte Avançado, equipada com os recursos necessários para casos complexos como este. Nossa USA funciona como uma UTI móvel, tanto para adultos quanto para crianças, garantindo segurança total durante o trajeto”, explicou o médico Luiz Sérgio Cortez.
O transporte feito pelo SAMU é totalmente gratuito, garantido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), e voltado a casos que exigem deslocamentos com suporte especializado.
Já em São Paulo, o pai agradeceu pelo cuidado recebido. “Nós queremos agradecer a equipe do SAMU, a Prefeitura, pelo suporte e assistência. A nossa expectativa é que dê tudo certo, que o Felipinho possa ter uma vida normal, igual às outras crianças e que possa ter a saúde dele restabelecida”.
Uma rede de apoio e esperança
A história de Felipe tem mobilizado profissionais da saúde e emocionado muitos. Cada avanço representa uma vitória — resultado da força da família, da dedicação da equipe médica e do apoio dos serviços públicos de saúde.
A Secretaria Municipal de Saúde segue acompanhando e torcendo pela plena recuperação do pequeno Felipe.
