O curta-metragem “Éramos Três”, filme produzido em Rio Preto, será exibido pela primeira vez em seu evento de pré-estreia, no Cine Panorama, neste sábado, 30/11, às 20h. A sessão será na sede da Cênica, na Av. das Hortências, 263 – Jardim dos Seixas. A exibição é gratuita e aberta ao público. Com roteiro e direção de Alina Chiaradia e Viviane Freitas, o filme foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo em São José do Rio Preto-SP, por meio da Secretaria Municipal da Cultura, Ministério da Cultura e Governo Federal.
A história traz à tona uma questão social atual e sensível. Trata-se da convivência de uma mãe e um filho que são atravessados pelo abandono paterno. A ausência do pai é tão presente que nunca deixou de influir na relação deles. Na trama, mãe e filho se preparam para receber este homem, que deixou a cada um deles uma marca profunda. Enquanto preparam o jantar, na mesma data em que sempre o esperam voltar, eles começam uma briga que culmina na reflexão sobre como eles têm vivido. Sem perceber, apreensivos para saber se o convidado virá, eles começam a lidar com as consequências do abandono, discutindo a conturbada relação familiar em que se encontram.
Dados da Arpen (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais) mostram que de 2018 a 2022, o total de nascimentos no Brasil caiu de cerca de 2,85 milhões para 2,59 milhões. Já o abandono, cresceu. O número de recém-nascidos sem o nome do pai na certidão passou de 157,5 mil para 164,6 mil. E depois cresceu mais. Em 2023, 172,2 mil crianças brasileiras tinham pais ausentes, o que representa um aumento de 5% em relação ao ano anterior. E um dado ainda mais recente da mesma Associação mostra que até 19 de julho de 2024, mais de 91 mil crianças foram registradas sem o nome do pai.
O curta “Éramos Três” ilustra artisticamente, portanto, um drama real. Quem dá vida aos personagens são os artistas Beta Cunha e Diego Neves. Como medidas de acessibilidade, durante a pré-estreia haverá audiodescrição, legenda descritiva e intérprete de libras. Na ocasião, também serão exibidos outros curta metragens de produção local: “Ensaio de um crime” e “Estrada de chão”.
FICHA TÉCNICA
Elenco:
Beta Cunha
Diego Neves
Equipe:
Roteiro e Direção: Alina Chiaradia e Viviane Freitas
Assist. Direção: Fernanda Barban
Produção Executiva: Viviane Freitas
Assist. Executiva: Gio Knaut
Produção: Mayk Ricardo
Assist. de Produção: E Su Mayê
Direção de Fotografia: Nani Colomé
Eletricista: Oziel Sousa
Direção de Arte: Vanessa Freitas
Assist. de Arte: Ana Freitas
Continuísta: Gustavo Pavani
Som Direto: Bruno Melo
Microfonista e Artista de Foley: Jurgen Schuster
Montagem: Johann Amaral
Color Grading: André Diniz
Finalização de Som: Milena Marques
Edição de DX: Matheus Valente
Trilha: Antonio Spoladore
Making of: Fernando Macaco
Alina Chiaradia
Alina é cineasta, fotógrafa e roteirista. Seu primeiro curta, ainda em contexto universitário, “Conversa com Meu Avô” (2020) foi selecionado para o 5º Metrô – Festival do Cinema Universitário Brasileiro. Seus trabalhos mais recentes incluem a direção e o roteiro de “Éramos Três” (2025), assistência de direção no longa-metragem “Amálgama” (em pós-produção) e assistência de produção no curta de animação “O Cabrito que Pensa” (2025). Trabalhou como assistente de arte em alguns curtas e videoclipes, como “Minha Mãe faz a Melhor Sopa” (2024). Escreve, principalmente, narrativas de amadurecimento e de juventude. Atualmente desenvolve projetos como designer, roteirista, produtora e escreve críticas para o Portal Pop3 de Londrina.
Viviane Freitas
Formada em Letras e em Cinema e Audiovisual, Viviane tem uma forte relação com a escrita. Realizou alguns curta-metragem na faculdade. Entre eles estão: Roteiro e direção de Era uma vez uma mulher (2018); Cadência (2019), Cotidiano (em distribuição), todos selecionados para festivais de cinema universitário. Ainda, Viviane trabalhou como assistente de pós-produção, no Longa-metragem Eskawata Kayawai (2020). Escreveu o roteiro do curta-metragem ‘Éramos Três’, selecionado para o FriacaLab 2023 e aprovado na Lei Paulo Gustavo.
