O dia 5 de maio foi instituído pela OMS como o Dia Mundial de Higienização das Mãos e mobiliza pessoas em todo o mundo. O objetivo é aumentar a adesão da higiene das mãos nos serviços de saúde, protegendo os profissionais da área, pacientes e demais usuários contra infecções.
A importância da higienização das mãos foi reforçada no dia 2 (quinta-feira) por meio de atividades realizadas nos setores pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar/SCIH dos hospitais Padre e Emílio Carlos, com orientações e dinâmicas, chamando a atenção dos profissionais para a boa prática de higienizar as mãos.
Em uma das ações, colaboradores puderam observar, por meio de luz ultravioleta, como os membros ficam após o processo de higienização, que pode ser feito em menos de um minuto com água e sabão ou com álcool em gel. “Estabelecemos as atividades e dinâmicas de uma forma que pudesse envolver todos os colaboradores, como o uso correto de agentes antibactericidas e sabão. As equipes estão aderindo ao nosso movimento e felizes com a abordagem. A ideia é que essa prática tão simples, mas que pode salvar vidas, se estenda durante todo o ano”, disse a enfermeira do SCIH, Rosana Marcelino Braz.
Na sexta-feira (3 de maio), nos períodos da manhã e tarde, o enfermeiro Emanoel Severo, de Curitiba/PR, com MBA em Gestão de Saúde e Controle de Infecção, idealizador da campanha “Eu me comprometo a lavar minhas mãos”, abordou o assunto de forma educativa e irreverente através de situações do cotidiano e contação de histórias vividas durante sua carreira como profissional da saúde. “Meu objetivo é acender aquela luz vermelha nas pessoas quanto ao mau hábito de não higienizar as mãos ao longo do dia. Uma mão mal lavada, dentro do ambiente hospitalar, pode levar uma pessoa a óbito por meio de infecções cruzadas”, alerta o palestrante, que segue explicando: “Não nos damos conta de que uma simples viagem de ônibus pode carregar consigo milhões de bactérias e outras doenças num simples gesto de segurar o apoio de mãos. E logo em seguida, chegando em nossa casa ou local de trabalho abraçamos nossos parentes e pegamos na mão dos pacientes que podem estar com a saúde fragilizada e serem infectados por nós”.
O médico infectologista e responsável pela SCIH dos hospitais, Dr, Arlindo Schiesari Junior, no período da manhã, destacou a importância do tema e explicou a maneira correta de se lavar as mãos. “Esta campanha serve de alerta. Mesmo com toda a evolução da tecnologia, a higienização correta das mãos ainda é a principal ferramenta de prevenção de infecções tanto dentro quanto fora dos hospitais. Acabamos perdendo o hábito de usar álcool em gel, prática que deveria estar no nosso dia a dia, mas criamos a sensação de que tudo está normal. Por isso a necessidade de reforçar na população de modo geral esta prática que, se não feita da maneira correta, pode criar sérios riscos à saúde”, ressaltou o médico.
No período da tarde falou o médico infectologista Dr. Sílvio César Perpétuo Ribeiro, médico infectologista da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) do Hospital Escola Emílio Carlos.