Os meses de junho e julho ganham a atenção das Unidades de Queimados devido ao aumento de casos de queimaduras iminentes nesse período. De acordo com o chefe da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital Padre Albino em Catanduva, o cirurgião plástico Dr. José Antonio Sanches, há um aumento de até 20% de situações que exigem atendimento médico. “O que vemos é um aumento dos casos de queimaduras devido a fogos de artificio no mês de junho, e queimaduras em crianças por escaldadura (líquido muito quente) ou choques elétricos nas férias escolares”, explica.
Durante a pandemia, os centros médicos viram os casos de queimaduras devido ao uso de álcool em gel crescerem. “As pessoas passavam o álcool em gel, se esqueciam, e iam acender um cigarro ou churrasqueira. Agora, com a volta dos eventos sociais e das festas juninas, nossa preocupação é com os fogos de artificio, que podem causar danos irreparáveis”, destaca. “Já nas férias escolares, as crianças pequenas acabam ficando em casa, acontecendo os acidentes domésticos com panelas, por exemplo, que chamamos de escaldadura, ou com choques elétricos em tomadas. É importante ficar de olho nas crianças, principalmente nas menores de 5 anos”, completa o especialista.
O Junho Laranja é uma iniciativa para conscientizar a população sobre a importância da prevenção. “Não use álcool próximo às fontes de calor, como fogão, churrasqueira e fogueira, por exemplo; ao cozinhar, mantenha o cabo das panelas virado para dentro; não deixe fios elétricos desencapados; desligue o chuveiro antes de mudar a temperatura; vede as tomadas em locais baixos”, aconselha.
Em caso de queimaduras, é importante procurar ajuda médica imediatamente. “Enxágue o local com água em abundância, em temperatura ambiente; cubra a área queimada com gaze; vá até um pronto-atendimento. Nunca use creme dental, pó de café, clara de ovo, manteiga, óleo de cozinha ou pomada sobre a queimadura. O mais indicado é buscar atendimento médico para uma avaliação e indicação do melhor tratamento”, complementa.
A Unidade de Tratamento de Queimados de Catanduva é referência e recebe pacientes de todo o estado. “Em casos mais graves, não basta apenas o tratamento da queimadura, é necessária até mesmo uma intervenção cirúrgica por um cirurgião plástico para amenizar as sequelas”, finaliza.
Fonte: DBM Assessoria