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sábado, julho 27, 2024
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Melancia e Castanha seguem para o Rio de Janeiro

As antas fêmeas Melancia e Castanha deixaram o Zoológico de Rio Preto na manhã de quinta-feira, dia 19, rumo à Reserva Ecológica de Guapiaçu, situada no município de Cachoeira de Macacu, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A ação é complexa e envolveu diversos institutos e associações. O objetivo é aumentar a população da espécie Tapirus terrestres no estado fluminense.

Melancia e Castanha são animais condicionados e estavam bem tranquilos antes do embarque. Mesmo assim, foi um momento de atenção da equipe do zoo e demais profissionais que acompanharam a entrada dos animais nas caixas de transporte e o acondicionamento no veículo. A operação foi bem-sucedida.

Os mais de 900 quilômetros de distância até a cidade carioca serão percorridos em um dia, pois haverá uma parada no zoológico de São Carlos, para embarque de mais uma anta, e uma parada noturna. Durante o trajeto, além das refeições, os mamíferos receberão frutas como melancia e melão para manter a hidratação.

“Cada projeto pontual para reestabelecer a população desses animais em vida livre tem valor inestimável para conservação dos ecossistemas. Para a gente, é uma alegria fazer parte de um zoo que integra essas iniciativas envolvendo espécies em extinção”, afirma o gestor do Zoo de Rio Preto, Guilherme Guerra Neto. A anta é considerada vulnerável no Brasil, com perigo de extinção na Mata Atlântica. No Rio de Janeiro, essa espécie chegou a ser totalmente extinta há mais de 100 anos.

Atualmente, a população de antas do estado do Rio de Janeiro conta com 14 indivíduos, sendo quatro nascidos na natureza e outros dez oriundos de reintroduções. Maior mamífero da América do Sul, esses animais têm papel fundamental na preservação dos biomas em que vivem. Os chamados “jardineiros da floresta” vão dispersando sementes, inclusive grandes, de tudo que comem, por onde passam.

Ao chegar à Reserva Ecológica de Guapiaçu, Melancia e Castanha ficarão em recintos de pré-soltura, para um momento de adaptação, principalmente da dieta: as frutas, sementes e rações do cativeiro darão espaço para alimentos que encontrarão na natureza. Melancia, com cerca de 4 anos, já atingiu a fase adulta e há chance de estar prenha. Castanha, com aproximadamente 2 anos, ficará neste ambiente por mais tempo. Ambas receberão um rádio colar, para monitoramento das atividades na mata. Elas não são irmãs e foram escolhidas para enriquecer o banco genético da Reserva Ecológica de Guapiaçu.

A operação é liderada pelo Refauna, em parceria com o BioParque do Rio, o Instituto de Ação Socioambiental, a Petrobras e a Reserva Ecológica de Guapiaçu. “Com mais esses três indivíduos vindos dos zoos de Rio Preto e São Carlos, teremos uma população bem-estabelecida de antas nas florestas do Rio de Janeiro, fazendo esses ambientes voltarem a funcionar corretamente”, diz o professor do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ) e membro do Refauna, Maron Galliez.

Mariana Lachi
Mariana Lachi
Mariana Lachi - Jornalista com formação em Comunicação Social e Pedagoga. Experiência em um pouquinho de tudo: TV, rádio, revista, assessoria de imprensa e jornal impresso. Atua há mais de 20 anos com mídia.
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