A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a obesidade é um dos maiores desafios globais de saúde pública. No Brasil, os números confirmam a gravidade do quadro. De acordo com o Vigitel 2023, levantamento realizado pelo Ministério da Saúde nas capitais brasileiras, 60,9% dos adultos apresentam excesso de peso e 21,9% convivem com obesidade. Já a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), realizada em 2019 pelo IBGE em parceria com o Ministério da Saúde e abrangendo todo o território nacional, apontava que 60,3% dos adultos estavam acima do peso e 25,9% obesos. A comparação mostra que a tendência é de crescimento contínuo.
Para a professora Theda Manetta da Cunha Suter, coordenadora do curso de Educação Física da UniToledo Wyden, o enfrentamento da obesidade deve ser pautado por uma abordagem positiva, incentivando o movimento em todas as fases da vida. “A atividade física regular não deve ser vista como uma obrigação, mas como oportunidade de bem-estar. Caminhar, dançar, pedalar, subir escadas ou brincar com os filhos são formas simples de manter o corpo ativo e contribuir para a saúde”, afirma.
Ela ressalta que o sedentarismo é um dos principais fatores de risco associados ao ganho de peso e ao surgimento de doenças crônicas. “Não é preciso buscar alto rendimento esportivo, mas sim incluir o movimento na rotina. Pequenas escolhas fazem grande diferença para a qualidade de vida e para a prevenção da obesidade”.
Além dos benefícios físicos, a atividade física é também um momento de descontração. Estar em movimento favorece a convivência, as conversas e o fortalecimento de laços sociais. Quando praticada em grupo, na companhia de amigos ou familiares, a experiência se torna ainda mais prazerosa e reforça o compromisso com hábitos saudáveis.