A cidade de Santos (SP) está prestes a receber uma importante intervenção de mobilidade urbana, uma nova passarela de pedestres sobre as linhas férreas que cruzam o acesso ao porto, uma das regiões de maior fluxo da cidade. A estrutura fabricada pela Protendit, referência nacional em soluções pré-fabricadas de concreto, representa um avanço significativo na segurança e acessibilidade urbana. A estimativa é de que cerca de 20% da população local seja beneficiada diretamente pela obra, o que equivale a mais de 80 mil pessoas.
O projeto é uma iniciativa da Rumo Logística, operadora de transporte ferroviário, em parceria com a prefeitura de Santos e tem como objetivo resolver conflitos urbanos causados pela passagem dos trilhos. Em breve, outra passarela também será construída na cidade.
Para Ricardo Panhan, CEO da Protendit, a obra é exemplo de como a engenharia pode contribuir de forma direta para a qualidade de vida nas cidades. “Isso representa muito do que acreditamos na Protendit: engenharia a serviço das pessoas. Estamos falando de uma estrutura que vai transformar a mobilidade de mais de 80 mil santistas, com segurança, eficiência e um planejamento logístico que desafia os limites do setor. É motivo de orgulho participar de um projeto tão relevante para a cidade e para o Estado de São Paulo,” afirma.
A montagem da superestrutura, feita em elementos pré-fabricados de concreto, será realizada em apenas 60 dias, um dos diferenciais desse modelo construtivo adotado pela empresa. Para atender à demanda de produção e transporte das peças, a Protendit mobilizou simultaneamente três plantas fabris — Guarulhos, Potirendaba e São José do Rio Preto.
A nova passarela integra um portfólio robusto de mais de 50 obras já realizadas em todo o Estado de São Paulo, sempre com foco em segurança, fluidez viária e valorização do espaço urbano.
Logística sob medida
Um dos maiores desafios dessa obra está fora do canteiro: o transporte das longarinas principais da passarela, uma operação complexa e milimetricamente coordenada. Segundo Eduardo Ferreira, engenheiro e coordenador de produção da Protendit, a dimensão das peças exige atenção redobrada em cada etapa. “As vigas principais da passarela têm 32 metros de comprimento e pesam cerca de 24 toneladas cada. Só essa dimensão já exige um transporte extremamente criterioso, com batedores, horários restritos e até apoio da Polícia Rodoviária Federal na descida da serra. São seis carretas necessárias e tudo é sincronizado para que as peças cheguem com total segurança ao ponto de montagem, onde serão içadas por guindastes de grande porte de forma simultânea,” explica.
Enquanto as peças vindas da planta de Guarulhos chegam em cerca de um dia, os elementos fabricados no interior paulista podem levar até cinco dias, devido à distância e às exigências das rodovias. Todo o trajeto é acompanhado por uma equipe interna especializada da Protendit, responsável por obter as licenças estaduais e federais, organizar o uso de veículos de apoio e definir os pontos estratégicos de parada, inclusive para a descida noturna pela Rodovia dos Imigrantes.
Para garantir o sincronismo da operação, as seis carretas com as principais vigas trafegam juntas, respeitando os limites de horário e recebendo escolta em trechos críticos, como a serra. A chegada à zona portuária de Santos marca o início da etapa final: a montagem, que exigirá o uso de dois guindastes de grande porte em operação simultânea.
Especialistas em superar desafiosCom histórico de grandes obras de mobilidade urbana, como parte do Rodoanel em São Paulo e, mais recentemente, o viaduto de Catiguá (SP), a Protendit tem se consolidado como um dos principais nomes da engenharia estrutural no país. Na obra de Catiguá, por exemplo, a empresa inovou ao fabricar industrialmente vigas travessas de pórticos, evitando o molde in loco — um feito inédito na região noroeste do Estado.
