O Zoológico Municipal de Rio Preto, órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo, registrou o nascimento de mais um filhote de anta (Tapirus terrestris), uma fêmea que recebeu o nome de Pitaya. O parto foi realizado no dia 1º de julho.
O filhote, que nasceu com 8,7kg, é resultado do cruzamento natural do macho reprodutor Antônio, que integra o plantel da instituição, e uma das fêmeas adultas, Bia. “O nascimento de antas é bem comum em cativeiro, é uma espécie de reprodução muito tranquila tanto para o macho como para fêmea”, afirma o veterinário e coordenador do Zoológico, Guilherme Guerra Neto.
Por parte de pai, a pequena Pitaya é irmã do macho Caju e da fêmea Castanha, crias gêmeas nascidas em fevereiro do ano passado. Guilherme diz que a nova anta ficará em Rio Preto possivelmente pelos próximos três anos, até atingir a idade necessária para ser encaminhada à vida livre. O zoo integra o programa de introdução de antas na área da Mata Atlântica, em uma reserva ecológica no Estado do Rio de Janeiro, coordenado pelo projeto Refauna.
Espécie vulnerável
A anta-brasileira consta como espécie “vulnerável” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN). Também consta no apêndice 2 da Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Silvestres Ameaçadas de Extinção (CITES). As ameaças à sobrevivência da anta são a caça, a alteração e degradação do habitat, atropelamentos, doenças advindas de animais domésticos e até envenenamento.
A caça é uma das maiores ameaças à espécie, dado sua taxa reprodutiva extremamente lenta. Quando combinada com a fragmentação e destruição do habitat, possui efeitos devastadores sobre as populações. Esta atividade, se realizada em pequenos fragmentos de floresta, é capaz de extinguir a espécie localmente em pouco tempo, o que pode estar ocorrendo com a subpopulação de antas que ocorrem nas bacias hidrográficas do baixo Tietê e Tietê-Batalha, locais de origem de todas as antas de vida livre recebidas para reabilitação pelo Zoológico de Rio Preto.