Mais uma ocorrência envolvendo linha de pipa na rede elétrica causou transtorno a clientes da região. Desta vez, em Catanduva, uma pipa entrelaçou a fiação elétrica, ocasionando um curto circuito e impactando o fornecimento de energia para 1,7 mil clientes da cidade. A ocorrência foi registrada na tarde de segunda-feira (8) e reforça o alerta sobre os riscos de empinar pipa perto da rede elétrica.
As equipes da Energisa Sul-Sudeste foram acionadas para atender a ocorrência de falta de energia e no local encontraram uma pipa enroscada na rede. Os profissionais realizaram os procedimentos necessários na rede e a energia foi normalizada para todos os clientes.
De acordo com o gerente de Operações da Energisa Sul-Sudeste, Anderson Rabelo Rosa, essa ocorrência reforça a seriedade de um problema de segurança constantemente enfatizado pela Energisa junto à comunidade, nas escolas e na imprensa regional: os riscos de empinar pipas perto da rede elétrica.
“Trata-se de um problema de segurança, por conta do risco à vida, já que quem empina pipa perto da fiação pode sofrer um choque elétrico fatal. O problema é ainda mais sério quando utilizam linhas com materiais cortantes como cerol, cuja comercialização e uso são considerados crimes”, afirma Anderson.
O gerente acrescenta que tal situação desencadeia uma série de prejuízos à comunidade, pois “impactam a rotina nas residências, estabelecimentos de saúde, comércios e outros imóveis que acabam tendo o fornecimento da energia interrompido por um determinado período”.
Impacto à rede elétrica
Para se ter uma ideia do impacto das pipas na distribuição de energia, de janeiro até agosto, nos 15 municípios atendidos pela Energisa na região de Catanduva, foram 23 ocorrências de interrupções temporárias de energia provocadas por pipas na rede. Com isso, mais de 6,9 mil clientes foram prejudicados.
“Estamos em um período propício para empinar pipas, por conta da maior incidência de ventos. O problema é que nem todos consideram as orientações de segurança: soltar pipa longe da rede elétrica e sem uso de cerol e outros materiais cortantes”, destaca Anderson.
Conforme a orientação da concessionária, o correto é soltar pipa em áreas livres como parques, praças e pastos, onde não passa a fiação elétrica. Outra orientação importante é para os casos em que a pipa se perde e o vento a leva para a rede elétrica: nunca tente resgatar nem pipas, nem rabiolas. “A tentativa de puxá-las pode ocasionar um curto-circuito e um choque até fatal”.
Aos pais e responsáveis, o gerente acrescenta: “É indispensável que cada um oriente as crianças de seu convívio e fiscalize para que soltem pipa com segurança”.