O espetáculo é escrito e estrelado pela artista Fernanda Dias a partir do argumento da professora e intelectual Simone Ricco, no dia 16 de novembro. A montagem, dirigida por Vilma Melo – a primeira mulher negra a ganhar o Prêmio Shell na categoria de “Melhor Atriz” – é um show à parte. Para completar o elenco, Lidiane Oliveira, Rapha Morret e a atriz e musicista Beá Felício dos Santos.
Ao longo de 50 minutos, o público é envolvido pelos diálogos profundos e trilha musical tocada e cantada ao vivo, entre a Rainha Dandaluanda e a árvore milenar de origem africana, o baobá. A árvore ensina à rainha os valores africanos e desperta sua autoestima. Primeiro, como menina; em seguida, como mulher; e finalmente, como rainha, consciente da sua beleza singular, força ancestral e identidade negra.
A árvore, símbolo da vida em muitas culturas no mundo, corporiza a ponte para a ancestralidade nos seus três níveis: subterrâneo, em que raízes atingem a terra e abrigam insetos e animais; a superfície, com tronco, galhos, folhas e fruto, elementos vitais para todos os seres vivos e por fim, a copa e os galhos apontados para o céu, morada dos espíritos ancestrais.
Com suas cores, musicalidade e corporeidade, a apresentação leva os espectadores para um inesquecível mergulho pela África do Oeste. O cenário mostra um pouco da paisagem do Senegal/Gâmbia e dá destaque para as cores terrosas — em referência à savana senegalesa, tema de pesquisa da autora.
“Meus Cabelos de Baobá” é uma peça indicada para toda a família, principalmente para mulheres em processo de construção/reconstrução do seu lugar no mundo. Imperdível!
Os ingressos estão disponíveis e podem ser adquiridos através do Portal do Sesc, do App Credencial Sesc Sp ou pessoalmente, na Central de Atendimento do Sesc (Praça Felício Tonello, nº 228, Vila Rodrigues), com valores que variam entre R$10 (credencial plena), R$15 (meia entrada) e R$30 (inteira).