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domingo, dezembro 8, 2024
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Kepler Weber tem o segundo melhor primeiro trimestre da história da companhia 

 A Kepler Weber (KEPL3) encerrou o primeiro trimestre com o segundo melhor resultado para o período em toda sua história, atrás apenas de 2022. Entre janeiro e março de 2023, a receita líquida atingiu R$ 323,1 milhões, enquanto no ano passado havia somado R$ 437,6 milhões. 

“A companhia se mostra resiliente e preparada frente ao atual cenário do agronegócio”, cita o documento publicado ao Mercado. 

O lucro líquido do período somou R$ 51,2 milhões, com margem líquida de 15,9%. O EBITDA foi de R$ 77,4 milhões, com margem de 24%. Já o ROIC no primeiro trimestre foi de 80,3%, “mantendo patamar exuberante”. 

Diante da expectativa para a safra de grãos 2022/23, com projeções recordes de 313 milhões de toneladas, a Kepler Weber visualiza “uma demanda consistente para soluções de armazenagem e pós-colheita ao longo de 2023”. Diante do impacto dos juros sobre os agricultores, a empresa diz ter adotado estratégia que privilegiou avanço no faturamento das áreas de Portos e Terminais e Reposição e Serviços, que cresceram 100% e 20%, respectivamente, no comparativo entre o primeiro trimestre deste ano e de 2022.  

No caso de Portos e Terminais, com estratégia para superar vendas do ano passado, a receita foi de R$ 31,8 milhões no primeiro trimestre, com crescimento de 6%, inclusive, sobre o quarto trimestre do ano passado, quando somou R$ 30 milhões. Segundo o balanço, a companhia concluiu a entrega de “projetos importantes”, incluindo um terminal portuário de Paranaguá (PR). 

O documento também cita uma venda realizada no período, com faturamento previsto para o fim do ano, de R$ 71,3 milhões, para um terminal portuário na Bahia. O projeto contempla operação de grãos e fertilizantes e “ajudará no escoamento do Arco Norte, trazendo impacto muito positivo para os produtores da região do Matopiba”. 

Reposição e Serviços passou a consolidar neste primeiro trimestre o faturamento a Procer, que teve a compra de 50% mais uma ação concluída. O segmento registrou receita de R$ 51 milhões, contra os R$ 42,7 milhões do primeiro trimestre do ano passado. 

Outros segmentos 

A partir do primeiro trimestre de 2023, a área de negócio “Pós-colheita”, que concentra 70% dos negócios da companhia, será reposicionada. Os negócios focados em agricultores farão parte da área de negócio “Fazendas” e as empresas de etanol de milho, moinhos de trigo, arrozeiras e indústrias de café, por exemplo, vão fazer parte de Agroindústrias. 

A mudança que prevê maior evidência no “esforço da companhia em atua na redução do déficit de armazenagem em fazendas, que responde apenas por 14% das estruturas do Brasil”. De janeiro a março, Fazendas atingiu R$ 107,4 milhões de receita, queda de 12,4% quando comparada com igual trimestre de 2022 (excluindo agroindústrias). A redução, segundo a empresa, é resultado da “elevada taxa de juros, cujo patamar é o segundo mais alto para o período na série dos últimos 10 anos”, pontua. 

A empresa também cita outros fatores que impactaram a área de negócio, como ticket médio com impacto negativo, “resultante do arrefecimento no preço do aço, escassez de recursos nas linhas de agronegócios como PCA e redução do valor das commodities, trazendo impactos para renda agrícola no período”. Apesar de ter registrado menor volume de vendas no período, a Kepler Weber explica que há sazonalidade, com tendência de crescimento na receita, “tendo em vista a safra recorde e expectativa com o novo plano safra”.  

Segundo a companhia, ao longo do primeiro trimestre, novas vendas foram realizadas, com destaque para seis projetos na região de Mato Grosso (MT), incluindo ampliação de obras. Juntos, somam R$ 25,3 milhões e devem impactar a receita da companhia nos próximos trimestres. 

Agroindústrias registrou receita de R$ 110,1 milhões no trimestre, ante os R$ 234,5 milhões de igual período de 2022 (-53%). Nos primeiros meses deste ano, a empresa vendeu um projeto de grande porte para uma cooperativa do Mato Grosso, que soma R$ 43,7 milhões. Outras duas cooperativas, do Rio Grande do Sul (RS) e Mato Grosso do Sul (MS), também assinaram compras que somam R$ 27,5 milhões. 

Seca no Paraguai e arrefecimento econômico em países da América do Sul, que respondem por 80% das exportações da companhia, fizeram a área de Negócios internacionais registra queda 39,7% no trimestre, com receita de R$ 22,8 milhões no primeiro trimestre deste ano contra R$ 37,8 milhões de igual período do ano passado. De janeiro a março, foram realizadas vendas que somam R$ 10,3 milhões, para o Chile e o Paraguai, e devem alavancar o faturamento no segundo trimestre.  

“Vale destacar que as ações adotadas no pós-vendas, a oferta da tecnologia Procer e um relacionamento mais próximo aos clientes, têm sido os diferenciais da companhia no mercado internacional”, diz o comunicado.  

Ações 

A KEPL3 registrou aumento de 16% na liquidez média diária, passando de R$ 14 milhões em volume financeiro em dezembro de 2022 para R$ 16,2 milhões em março. Os papéis da companhia, em março, reduziram -12% sobre dezembro de 22, enquanto o Ibovespa caiu -7% e o Small Caps -10%. 

Fonte: Agência Fato Relevante

Marcia Bernardes
Marcia Bernardeshttps://ftnews.com.br
Jornalista, 20 anos de experiência, tendo passado por diversas redações de mídia impressa em Catanduva e São José do Rio Preto. Atuou nos principais veículos do Noroeste Paulista, incluindo o jornal Diário da Região. Jornalista de formação, designer por amor.
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