No primeiro semestre de 2023, o Estado de São Paulo registrou 5.077 transplantes de órgãos, um aumento de 10,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Nas operações de coração, foram 75 órgãos transplantados de janeiro a junho, dois a mais que em 2022 e também superando os primeiros semestres de 2021 (73), 2020 (67), 2019 (74) e 2018 (64), de acordo com os registros da Central de Transplantes do Estado.
Neste ano, também houve aumento do número de doadores. Foram 612, um crescimento de 13,5% se comparado ao mesmo período do ano anterior. Houve ainda diminuição da recusa de familiares, com 38,6% no primeiro semestre de 2023, ante 41% entre janeiro e junho de 2022.
A Central de Transplantes do Estado informa que, até o final de julho deste ano, 20,8 mil pacientes aguardavam por doação de órgãos. As maiores demandas são por operações de rim, córnea e fígado, com lista de espera de 16,2 mil, 3,7 mil e 462 pacientes, respectivamente. Quanto aos transplantes cardíacos, 180 pessoas estavam na fila até o mês passado.
Os pacientes que precisam de transplantes são inscritos no Cadastro Técnico do Sistema Estadual de Transplantes de São Paulo. A gestão do cadastro e da distribuição de órgãos é feita em conjunto com o Sistema Nacional de Transplantes e depende de fatores como disponibilidade de doadores, ordem cronológica, gravidade do caso e viabilidade de tratamentos alternativos, com prioridade aos casos em que há risco iminente de morte.